“Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu
Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de
beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e
me visitastes; preso, e fostes ver-me” (Mateus 25:34-36).
Na terça feira estivemos no complexo penitenciário da Papuda na CDP I. Foi uma
experiência fantástica!
Quando fui convidado pelo pastor Helder, fiquei ansioso
por estar indo num lugar desconhecido e, para muitos, considerado perigoso. Não
sabia o que viria pela frente.
Chegamos e fomos muito bem recebidos pelos
agentes e logo conduzidos para um culto com os presos do complexo B. Erámos
quatro irmãos: pastor Helder, Mônica, Jandson e eu.
Os detentos estavam todos
sentados, deviam ser uns duzentos homens. Todos atentos e sedentos da Palavra de
Deus. Eu confesso que nunca tinha visto um auditório tão disciplinado. Eles
estavam atentos a tudo que falávamos e respondiam a tudo que era pedido. Estavam
recebendo e “devorando” cada palavra que nós proferíamos. Fiquei impressionado!
Cantamos dois cânticos com eles e muitos levantavam as mãos e fechavam seus
olhos com sinceridade de coração e adoração.
Na minha parte, fiz uma saudação
afirmando que todos nós somos iguais perante Deus e o julgamento na eternidade
será para todos os homens. E, citando a Salmo 23, disse que mesmo que eu ande
pelo vale da sombra da morte Deus estaria comigo. E o Senhor estava se
manifestando a cada vida presente naquele lugar.
O Pastor Helder pregou uma
palavra de salvação desafiando cada um a entregar sua vida a Jesus Cristo para
serem perdoados de seus pecados. A mensagem foi prontamente ouvida e respondida
por muitos deles que oraram entregando-se ao Senhor Jesus Cristo. Oramos rogando
a bênção de Deus sobre todos e nos despedimos em nome de Jesus. Foi um momento
singular nas nossas vidas e, fundamental, na deles. Creio que houve uma grande
festa no céu naquele momento.
Cheguei em casa impactado e com as lembranças
daqueles rostos tristes e sedentos de Deus. Foi uma noite de oração pela vida
daqueles que ainda estavam em minha memória. Eu dormi orando por eles. Pensei,
como podemos ajudar, de alguma maneira, aqueles seres humanos naquela situação?
Então, eis o desafio de Deus para que aproveitemos cada oportunidade, como uma
porta aberta pelo Senhor, de pregar o evangelho salvador de Jesus Cristo a toda
criatura, especialmente àqueles que estão encarcerados.
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