sábado, outubro 15, 2016

COMO EDUCAR NOSSOS FILHOS?



COMO EDUCAR NOSSOS FILHOS?

Educação dos filhos é uma das maiores tarefas dadas por Deus para a humanidade. Este é o objetivo maior da família, multiplicar e encher a terra. Fazer isso não é apenas o ato de multiplicação da humanidade, mas uma grande missão de Deus para o homem.
O caminho para uma vida feliz no lar passa por uma relação harmoniosa entre pais e filhos. A base dessa harmonia está na sequência analisado no capítulo primeiro quando estudamos os papéis do homem e da mulher.
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor.” (Efésios 6:1-4).
Este texto acompanha o mesmo princípio do contexto anterior de Efésios 5:21 “sujeitando-se uns aos outros no temor de Cristo”. Ou seja, Antes de falar dos relacionamentos o apóstolo Paulo institui o padrão bíblico para viver em harmonia – a submissão um ao outro. O caminho que Deus oferece é sujeitar-se um ao outro espontaneamente, para o bem de todos e para a glória de Deus.
É importante relembrar que esta sujeição ou submissão é uma atitude que está ligada à plenitude do Espírito - E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito” (Efésios 5:18). Esta plenitude tanto abre as portas para que o Espírito tome conta completamente da vida como é uma evidência clara que a pessoa está sob o controle de Deus.
Arrogância, altivez, soberba e egoísmo são atitudes de pessoas completamente vazias de Deus. Por outro lado, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, humildade, mansidão e domínio próprio são atitudes de uma pessoa cheia do Espírito Santo de Deus.
Pais e filhos cristãos devem viver dentro dessa esfera da ação do Espírito para que haja plena harmonia no lar. Vamos estudar o que a Palavra de Deus nos ensina sobre a atitude dos filhos e pais.
1. PRINCÍPIOS BÍLICOS SOBRE OBEDIÊNCIA.
“Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isso é justo” (Efésios 6:1). É notável que Paulo escreve diretamente aos filhos, ele não escreve pedindo que os pais façam os filhos obedecerem, mas fala diretamente aos filhos. Isso mostra que filhos, ainda quando crianças, também são parte integrante da Igreja de Cristo. A obediência aos pais é um mandamento bíblico que começa no Velho Testamento e continua da mesma forma no Novo Testamento. Na verdade podemos afirmar que faz parte da lei moral que nunca deixou de existir. Os filhos devem prestar toda obediência aos pais.
1.1 – A OBEDIÊNCIA É FEITA NO SENHOR.
É um ato de obediência feito no ambiente que o Senhor cria: a família, a Igreja. É o princípio da sujeição um ao outro no Espírito Santo de Deus. A ordem de Deus para a família cristã. Os filhos obedecem aos pais no Senhor, sob a direção de Deus. Os pais foram colocados sobre os filhos, mas não devem se esquecer que estão sob a orientação de Deus – o pai celestial. Em Romanos 1:28-32 a Palavra de Deus inclui a desobediência aos pais entre os pecados praticados por aqueles que não servem a Deus: E o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável para praticarem cousas inconvenientes. cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Portanto, a obediência aos pais também é um sinal evidente daqueles que servem a Deus.
1.2 – A OBEDIÊNCIA É UM DEVER NATURAL.
Obediência dos filhos para com os pais é um ato legal da própria natureza que Deus criou. A obediência que se deve aos pais é fruto da ordem legal que Deus instituiu. Pode-se observar que até no mundo natural os animais quando são novos são instruídos e guiados pelos pais. “Filho meu, ouve o ensino de teu pai, e não deixes a instrução de tua mãe” (Provérbios 1:8) e “O filho sábio ouve a instrução do pai, mas o escarnecedor não atende à repreensão” (Provérbios 13:1).
1.3 – A OBEDIÊNCIA É UM MANDAMENTO DE DEUS.
O apóstolo Paulo cita a lei moral dizendo que obediência aos pais é um mandamento de Deus. Obedecer aos pais é o quarto mandamento da lei – Êxodo 20:12. Uma colocação importante lembrada pelo apóstolo Paulo é o fato de ser o único mandamento que vem seguido de uma promessa: “para que se prolonguem os seus dias sobre a terra”. Podemos ver que a lei moral nunca deixou de existir. A mesma ordem dada a Moisés no Velho Tetamento é confirmada pelo apóstolo Paulo, agora na Nova aliança. Este é o único caminho da graça de Deus. Obediência e vida longa sobre a terra. Vejamos também Provérbios 4:10: “Ouve, filho meu, e aceita as minhas palavras, e se te multiplicarão os anos de vida”.
2. PRINCÍPIOS BÍLICOS SOBRE DISCIPLINA.
“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos a ira, mas criai-vos na disciplina do Senhor” (Efésios 6:4). A Palavra apostólica também oferece limite para a autoridade dos pais sobre os filhos. Provocar a ira dos filhos significa um erro na disciplina causando rebeldia e desrespeito dos filhos para com os pais. Alguns princípios podem ser claramente observados aqui.
2.1 – OS PAIS DEVEM ESTABELECER LIMITES PARA OS FILHOS.
Disciplinar é treinar. É preparar para a vida e para a vida mesmo após a morte dos pais. Deixe seu filho preparado para a realidade da vida fora de casa, uma realidade que somente os pais conhecem. Melhor que os pais estabeleçam limites para que a autoridade legal ou policial venha fazê-lo mais tarde. A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Provérbios 29:15) e “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hebreus 12:11).
2.2 – OS PAIS DEVEM DISCIPLINAR OS FILHOS COM SABEDORIA.
A disciplina é necessária, mas deve ser feita com sabedoria e prudência. “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” e “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela” (Provérbios 22:6,15).
Como devemos disciplinar nossos filhos? Alguns conselhos práticos:
  1. Começando mais cedo teremos menos trabalho no futuro.
  2. Cuidado com promessas que não vão ser cumpridas.
  3. Cuidado com a chantagem para conseguir sucesso na educação.
  4. Cuidado com a presença da mentira na educação dos filhos.
  5. Cuidado com a incoerência entre a ordem do pai e da mãe.
2.3 – OS PAIS NÃO DEVEM IMPOR AOS FILHOS NORMAS QUE NÃO CONSEGUEM CUMPRIR. É NECESSÁRIO SER EXEMPLO.
O maior desafio na educação dos filhos é a questão do modelo que os filhos não encontram nos pais. Educar é mostrar o caminho, mesmo que com a realidade da dificuldade de fazer o certo. Tiago escreve falando da dificuldade que algumas pessoas tem de serem praticantes da Palavra e não somente ouvintes. Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” (Tiago 1:23-25).
2.4 – OS PAIS NÃO DEVEM EXCEDER NA DISCIPLINA.
Há uma grande discussão em torno da lei da palmada. A questão gira em torno da proteção da parte mais frágil. Mas a Escritura é clara e orienta sobre essa situação. Não é necessário violência física excessiva. Mas é importante mostrar quem manda, quem está no controle, mas isso sem exagerar na carga física. “Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo” (Provérbios 19:18).
Como fazer disciplinar sem exceder? Algumas sugestões práticas.
  1. Disciplinar é diferente de espancar o filho.
  2. Os filhos devem saber sempre por que estão sendo disciplinados.
  3. Não disciplinar os filhos em momentos de raiva.
  4. Cada etapa da vida tem seu tipo de castigo. 
2.5 – OS PAIS NÃO DEVEM SE ESQUECER QUE PRESTARÃO CONTAS AO PAI CELESTIAL.
Há uma relação profunda entre disciplina que aplicamos em nossos filhos e aquilo que nosso Pai celestial faz conosco. Sabe, pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu Deus” (Deuteronômio 8:5). Deus é sábio e nos disciplina para nos fazer crescer na fé e para vivermos melhor a cada dia. É muito doloroso receber disciplina do Senhor, mas é um sinal claro de amor e certeza de paternidade divina. Então, devemos tratar nossos filhos como nosso Pai nos trata, levando-nos a ter uma vida próspera de valores.
É o mesmo princípio encontrado no livro do sábio Salomão:Filho meu, não rejeites a disciplina do SENHOR, nem te enfades da sua repreensão. Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem” (Provérbios 3:11-12).
Também não podemos fugir da realidade de que nossos filhos não nos pertencem, mas são vidas preciosas que Deus colocou em nossas mãos para serem treinadas por nós. Sejamos fiéis cumprindo essa primeira missão que Deus nos concedeu. A família é o nosso primeiro e maior campo missionário.
Encerro citando a linda frase do escritor Português José Saramago, Nobel de Literatura em 1998 que faleceu em 2010: “Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo”.
Deus nos ajude! A Ele toda glória!

domingo, outubro 09, 2016

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA


A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea. Da terra formou, pois, o Senhor Deus todos os animais do campo e todas as aves do céu, e os trouxe ao homem, para ver como lhes chamaria; e tudo o que o homem chamou a todo ser vivente, isso foi o seu nome. Assim o homem deu nomes a todos os animais domésticos, às aves do céu e a todos os animais do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar; e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem. Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne. E ambos estavam nus, o homem e sua mulher; e não se envergonhavam” (Gênesis 2:18-25).
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gênesis 1:26-29).

O texto sagrado nos mostra, nos primórdios da criação da humanidade, a formação da primeira família. Deus soberano que pelo conselho eterno da sua vontade criou tudo que existe e formou o homem. Do homem criou a mulher e os uniu e abençoou para que pudessem ser mais do que um simples casal, eles formaram a família. Esta verdade bíblica pode ser endossada por homens estudiosos na história da humanidade, como de maneira muito sábia escreve, no livro Do Contrato Social, o filósofo francês Jean Jacques Rousseau sobre a família: “A família é a mais antiga das sociedades, e também a única natural”. Nessa perspectiva bíblica e teocêntrica, vamos observar os principais ensinamentos sobre a família.

1. A FAMÍLIA É UMA ENTIDADE INSTITUÍDA POR DEUS

Em Gênesis 1:27 lemos: “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Podemos constatar nesse verso do capítulo primeiro que Deus mesmo criou o homem à sua imagem. O texto seguinte narra que Deus viu que o homem estava só e criou a mulher e a deu ao homem. O Próprio homem constatou que a mulher é parte dele mesmo. Osso dos meus ossos e carne da minha carne. Este é o mistério maravilhoso do casamento, a verdadeira união de duas pessoas como uma só carne.
A família é uma entidade instituída pelo próprio Deus. É uma graça comum a todos os seres humanos. É uma instituição em que um homem e uma mulher vivem juntos como uma só carne e, em amor, criam seus filhos. É Importante também afirmar que o texto bíblico fala claramente que a família é formada por um homem e uma mulher. Não podemos aceitar uma família natural e abençoada por Deus que seja formada por dois homens ou duas mulheres. Esse é um assunto que deve ser tratado com prudência e respeito, mas nós cristãos que adotamos a Bíblia como referencial absoluto não precisamos ter medo de afirmar e ensinar essa verdade registrada na Escritura. A bíblia mostra que a família criada por Deus é formada por um casal, homem e mulher. Outros procedimentos diferentes estão fora dos padrões estabelecidos por Deus, como lemos na carta do apóstolo Paulo aos Romanos: “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem” (Romanos 1:26-32).

2. QUAIS OS PROPÓSITOS DE DEUS AO CRIAR A FAMÍLIA?

2.1 VIVER UM RELACIONAMENTO EM AMOR.

Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18). Alguém já disse que o homem não é uma ilha e precisa se relacionar com seus semelhantes. O homem não foi criado para viver só, mas para formar uma sociedade, uma família. Antes da criação da mulher o homem estava apenas na companhia dos animais. Esta amizade não foi suficiente para fazer o homem realizado e feliz, por isso Deus criou a mulher e mostrou a importância da família. Esse foi o primeiro propósito de Deus quando uniu homem e mulher: suprir uma carência de relacionamento que havia no ser humano.
Grandes estudiosos das ciências humanas têm desenvolvido estudos nessa área. Ótimos livros e filmes sempre abordam essa necessidade humana de viver em sociedade. Portanto, como seres relacionais que somos, precisamos viver juntos desenvolvendo nossas vidas dia a dia. Este é um propósito da criação da família: relacionamento humano em amor – Salmo 133:1.

2.2 VIVER PARA COMPLETAR UM AO OUTRO.

...far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea” e “...Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e fechou a carne em seu lugar; e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem. Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne” (Gênesis 2:18 e 21). O casamento foi criado também diante de uma impossibilidade de o homem se completar apenas com o convívio com os animais. Deus retirou um pedaço do homem e formou a mulher. Deus retirou uma das costelas de Adão e fez a mulher. Numa linguagem bem poética, geralmente recitada em casamentos, lembramos que Deus retirou o pedaço do homem do lugar perfeito, não retirou nenhum pedaço da cabeça para que a mulher não viesse ser superior ao homem, nem tão pouco retirou nenhum pedaço da parte de baixo para que a mulher fosse inferior ou menor, mas retirou uma das costelas que fica ao lado para que a mulher pudesse ser a verdadeira companheira, para andar junto e completar o seu companheiro.
A palavra usada no texto é ajudadora e significa companheira, parceira. É clara a intenção de Deus em dar ao homem alguém que o completasse e o ajudasse na sua vida. A esposa é esta pessoa escolhida para se realizar com seu o marido. São esses os sonhos de quem procura alguém para se casar. Alguém para compartilhar a vida. Complementação de um com o outro. Este também é o propósito maravilhoso do casamento.

2.3 VIVER EM UNIDADE E HARMONIA.

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. (Gênesis 1:26,27). Constatamos aqui um dos bons argumentos em favor da Trindade. Nesse plural do verso 26 podemos entender que, de forma diferente da criação do universo e dos animais quando apenas Deus num todo é citado dando a palavra de ordem para a existência de tudo que foi criado, aqui é mencionado um plural “façamos” que nos conduz à certeza de que o ser humano é o ponto alto da criação de Deus. A criação do ser humano foi uma ação da Trindade divina. E ainda mais, o texto também descreve a maneira como Deus fez o homem. Deus formou o homem do barro e soprou nas narinas o espírito para que este passasse a ter vida.
Desta maneira podemos afirmar que Deus instituiu a família para ter completa unidade e harmonia. Sendo o homem à imagem e semelhança de Deus, a família deveria ser um reflexo da própria Trindade. Existe em Deus Pai, Filho e Espírito Santo unidade e perfeita harmonia e Ele criou a família como imagem dessa Trindade divina.

2.4 VIVER EM FIDELIDADE E PUREZA.

Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada”(Gênesis 2:23). Quando o homem faz a afirmação que “essa é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne” ele demonstra surpresa, alegria e satisfação pela bênção da mulher, como criação de Deus. Temos de entender que este fato se deu antes da queda e do aparecimento do pecado. Após a queda encontramos toda sorte de erros e desajustes humanos: homossexualidade, bigamia, homicídios, violências.
O casamento é o abrigo seguro que Deus oferece aos seus filhos contra a promiscuidade e impureza. Fidelidade e pureza também foram propósitos de Deus ao criar o casamento. Com certeza Deus estava instituindo o caminho para a felicidade do homem que se dedica completamente à sua mulher e vice-versa. Vale a pena citar o texto do livro de Provérbios sobre esse assunto: “Bebe a água da tua própria cisterna, e das correntes do teu poço. Derramar-se-iam as tuas fontes para fora, e pelas ruas os ribeiros de águas? Sejam para ti só, e não para os estranhos juntamente contigo. Seja bendito o teu manancial; e regozija-te na mulher da tua mocidade”(Provérbios 5:16-18).
Diante do crescimento das doenças sexualmente transmissíveis há uma campanha do governo que incentiva casais a se prevenirem usando preservativos, inclusive para casais casados em suas relações sexuais. Melhor é a campanha do Ministério Casados Para Sempre que diz: “Deus inventou o sexo seguro e o chamou de casamento”.

2.5 ENTENDER QUE É NECESSÁRIO A SEPARAÇÃO DOS ANTIGOS LAÇOS FAMILIARES.

Portanto deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne” (Gênesis 2:24). Com toda certeza, as únicas pessoas que não tiveram de passar pela experiência de deixar pai e mãe para formarem sua própria família foram Adão e Eva. Também não tiveram sogras nem cunhados. Mas daí em diante o casamento se tornou a maneira da multiplicação familiar. O casamento é um rompimento com os velhos laços familiares e isso tem a sua importância para formação da família. Esta independência não é uma ruptura com distância, inimizade ou fuga, mas é o caminhar de um casal que deve tomar suas próprias decisões. Mesmo que ainda haja uma ligação emocional ou até mesmo financeira (em alguns casos) a nova família não se deve deixar influenciar e tem todo direito, com a bênção de Deus, de tomar suas próprias decisões e seguir o seu próprio caminho.

2.6 PARTICIPAR DA PROCRIAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA.

Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a” (Gênesis 1:27,28). Não há dúvida que este seja o principal propósito da criação da família e do casamento: a procriação. Deus fez o ser humano apenas homem e mulher e os fez assim para procriarem, para se multiplicarem. Diga-se de passagem que o melhor argumento bíblico contra o homossexualismo é a própria natureza da criação de Deus. Não há como um casal homossexual procriar. Este ato deve se dar pelos meios naturais que Deus fez de forma perfeita e maravilhosa. O mundo de hoje, contaminado pelo pecado não enxerga esses aspectos e sofre as consequências de tudo isso. Então, o alvo principal do casamento é ter filhos e isso ainda é um desafio que naturalmente entristece os casais que não conseguem esse objetivo. Há várias histórias bíblicas sobre filhos que só vieram com a ajuda especial de Deus. Sara, Rebeca, Lia, Ana são exemplos de mães que só tiveram filhos com uma intervenção miraculosa de Deus.

Para concluir podemos reafirmar aqui a importância da família. Quais os propósitos de Deus ao criar uma família? A família é uma instituição criada por Deus com o propósito de viver um relacionamento humano em amor, viver para completar um ao outro, viver em unidade e harmonia, viver em fidelidade e pureza, entender que é necessário uma separação dos antigos laços familiares e participar da procriação da espécie humana.

Então, valorize muito sua família e proteja bem sua casa. Saiba que ela é uma bênção de Deus. Entenda que esse é o primeiro propósito de Deus para sua vida, viver bem em família. Procure seguir os verdadeiros princípios que regem a família e não tenha medo de ensinar aos filhos. A verdadeira felicidade está nas coisas simples e básicas da vida familiar. Fica aqui o desafio: Deus está pronto a renovar nossa vida a começar por nossas famílias. Abra totalmente a porta da sua casa para recebê-lo e Ele estará sempre presente: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”(Apocalipse 3:20).

Assim, que Deus nos ajude!